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Acre tem o menor salário de admissão do Brasil em 2024 e enfrenta aumento da informalidade e migração de trabalhadores

A busca por alternativas na economia informal tem se tornado uma realidade crescente no Acre. Dados de pesquisas sobre o mercado de trabalho em Rio Branco mostram que muitas pessoas preferem trabalhar por conta própria, realizando bicos, em vez de manter empregos formais. Essa tendência tem comprometido o desenvolvimento do comércio, que, mesmo com o crescimento do setor de serviços, segue estagnado no estado.

Além disso, a migração interestadual de trabalhadores também preocupa especialistas. Segundo o assessor da presidência da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Acre (Fecomércio), Egídio Garó, muitos desligamentos ocorrem por iniciativa dos próprios trabalhadores em busca de melhores oportunidades fora do estado. “Em conversa com diversos profissionais e cidadãos, eles informam exatamente isso: estão indo para outros estados buscar uma oportunidade melhor de trabalho e crescimento profissional”, destacou Garó em entrevista de 2024.

O comércio varejista, em particular, tem enfrentado um aumento significativo nas saídas voluntárias de empregados. “Segundo pesquisa da Federação do Comércio, junto aos empresários do setor, esse desligamento dos empregados ocorre de forma espontânea. Eles pedem para sair e acabam migrando, principalmente, para o setor de serviços, que hoje é o que mais cresce e gera empregos no Acre”, completou Garó.

Em meio a esse cenário, um levantamento divulgado pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) revelou que o Acre registrou, em 2024, o menor salário médio de admissão do Brasil. Os trabalhadores recém-contratados no estado receberam, em média, R$ 1.700, bem abaixo da média nacional, que foi de R$ 2.178.

O desempenho colocou o estado na última posição do ranking nacional de salários iniciais, ficando atrás de Roraima (R$ 1.715) e Amapá (R$ 1.725). Enquanto isso, estados como São Paulo (R$ 2.473) e o Distrito Federal (R$ 2.284) apresentaram os maiores valores. O Acre, por sua vez, teve um aumento tímido de apenas 0,9% no acumulado do ano, um dos índices mais baixos do país.

Especialistas já haviam alertado sobre essa dificuldade em elevar os salários iniciais. Com o avanço da informalidade e a migração de trabalhadores para outros estados, o mercado de trabalho no Acre enfrenta desafios cada vez maiores para se manter competitivo e estimular o crescimento econômico local.










Fonte: ac24horas.com

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